quarta-feira, 22 de junho de 2011

Um tanto desiquilibrada

O mundo gira em torno do sol e a cada 24 horas é dia, é noite e em 365 dias terá dado uma volta completa no espaço. 
A minha mente gira no sentido oposto e faz o dia virar noite e a noite virar dia. 
Tudo isso me faz acreditar que o mundo é incompleto, sem graça e sem cor, mas agora descobri que as cores vêm de dentro de nós e vão para longe, ficam no ontem, no passado. 
Hoje ainda está sem cor, porque ainda é um rascunho.
No caminho de volta para casa eu vi um homem sentado na calçada e percebi que a vida causa esse desequilíbrio e que seguir a linha reta é quase impossível, sempre haverá desvios e atalhos. 

A vida passa lentamente, é a gente que vai tão de repente. 
Tenho saudades das horas que passaram, mas na minha vida deixo o acaso decidir.
Se o telefone ficar mudo, a sala estiver vazia, a matemática zerar, o tempo fechar e chover muito. 
O frio invadirá minha alma e ali irá se instalar sem previsão para derreter tudo que congelou. 
Tudo passa, até o amor passa, só a amizade verdadeira que fica. 
Ela fica nas longas conversas, na cumplicidade, nas pequenas brigas, nos minutos de silêncio e nas horas e mais horas de risada na mesa do bar e na pista de dança de qualquer balada ou em qualquer outro lugar, fica daquele momento em diante até a eternidade.
Volta e meia me pego preso ao passado, mas penso que se foram momentos bons não tenho porque me lamentar que chegou ao fim, pelo menos uma vez vivi coisas que superaram meus conceitos do que é ‘perfeito’ e confesso que acho o imperfeito, perfeito.

Pandora.

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