domingo, 10 de abril de 2011

Devaneios apavorados.

Para que nós demos a nossa confiança a alguém, é preciso que confiem em nós.
Como podemos cofiar em quem não confia em nós?
Sempre vamos nos sentir um bando de nada.
E por mais incrível que pareça, vamos ser questionados por isso.
Por isso eu digo que a diferença é que incomoda as pessoas.
A grande diferença!

A diferença do modo de pensar.
O cinismo, o sarcasmo, a inteligência, a capacidade de manipulação, a sinceridade, a diversidade...
A ignorância.
A diferença do normal para o imprevisível.
Imprevisíveis.
Chatos.
Emocionais.
E sempre imprevisíveis.
Um caco, um lixo, um nada...
Ou tudo.
A diferença do insistente para o chato, do estudante para o pensador, do leitor para o viciado.

O viciado em aprender, a fazer poesia, a não rimar nada, mas dizer tudo.
Porque o único vício do viciado em ler, é ler. É escrever.
Mas, não escrever com palavras, escrever com lágrimas.
Verdadeiras ou de crocodilo, ainda assim, lágrimas.
E tudo isso por que somos loucos e anormais.
Então, salve, salve, louco!
Que não acreditam em sua loucura porque ela é rara.
É rara por que é única.
É a loucura de quem quer ver o sol virar lua, e prevalecer a escuridão.
Afinal, o louco anormal e imprevisível está acostumado com as sombras, porque elas são nossas amigas.
Nos acostumamos com o breu da vida, por isso não dói a escuridão.
Não dói nem que nos corte a pele e deixem inflamar.
Dói mais se afogar no dia-a-dia, na rotina do tic-tac, e claro, na melancolia.
Dói mais vestir uma máscara sorridente, quando tu não está.
Ainda desta forma, salve, salve, louco!

Queremos gritar...
Então gritem, gritem muito, ou melhor, não gritem!
É desperdício de voz.
Não vão nos escutar.

Eles não escutam os mentirosos que são sinceros.
Rir sem alma, não é rir, acredite.
E continuemos andando, escutando mais críticas, tomando mais surras e ficando mudos, não desanimem, continuem andando.
Andem mais um pouco, a eternidade os espera...


Enquanto isso procurem se perder nos gritos calados e nos choros afagados. 
Ainda vão te questionar, mas, resista.
Porque uma hora a corda arrebenta, e aí, nos já vamos estar cansados de gritar, e de principalmente, de chorar.

Pandora.

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