quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bons tempos que "O que se dizia era o que se fazia..."

O cantor Jon Bon Jovi escreveu em sua música Blood on Blood: “... eu ainda consigo me lembrar de quando éramos crianças, quando amigos eram amigos pra sempre e o que se dizia era o que se fazia...”
"O que se dizia era o que se fazia."
Sempre pensei nessa frase. 
Se eu fizer algo que não possa compartilhar com minha família na mesa de jantar é porque fiz errado. Não poderá ser copiado.


Ser responsável no mundo de hoje é difícil. 
O mundo nos mostra vitrines do azar, do erro. Nós, meros mortais, caímos na tentação.

Um dia uma pessoa me disse que não imaginaria como seria sua chegada ao céu. Brincou dizendo que lá trancariam a porta e ele nunca entraria. 
Fiquei imaginando a cena de uma pessoa então chegando aos céus.
Alguém vestindo branco anuncia sua chegada e te conduz a um grande pátio onde pessoas sempre bonitas e felizes caminham com roupas brancas. 
Você anda por alguns minutos, deslumbrado, até que chega a um grande cinema. 


Em frente ao cinema um senhor simpático o aborda e diz:
“- Meu filho, aqui você chegou. Neste imenso cinema hoje passaremos o clássico: A sua vida. 
As pessoas poderão ver aqui sua vida toda em apenas duas horas. 
Como você é o personagem principal eu deixo você cortar 5 cenas. 
As cenas restantes serão passadas na íntegra, ou seja, tudo o que fez lá embaixo será exibido aqui para amigos que antes aqui chegaram.
Tenho uma primeira pergunta: que cenas você quer cortar?”

Penso nisso todos os dias e chego a uma conclusão simples: gostaria que meu filme fosse como um senhor dos anéis: longo, sem cortes, bem feito e adoravelmente ingênuo, como deveria ser. Adoraria também chegar ao final e receber amigos na saída dizendo que o final foi muito bom e que recomendariam a obra a outros amigos.
Um crítico de cinema, anotando tudo num caderninho minúsculo diria: “uma obra do cinema contemporâneo, nos faz refletir sobre a forma como devemos conduzir nossas vidas. Um filme que remete ao tempo em que éramos crianças. No tempo em que amigos eram amigos pra sempre e o que se dizia era o que se fazia.”


Texto de Alberto leite...


Pandora.

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