quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

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Já se passou da meia-noite.
Hoje já é amanhã, e cá estou eu escrevendo uma carta sem destinatário, enquanto todos do planeta dormem.

Acordar para dormir.
Ir para voltar.
Nascer para morrer.

E se eu me recusar a dormir?

Ou a voltar?
Ou a morrer?!
A vida teria mais graça?
Se bem que a graça precede a desgraça...

Se acorda, dorme.
Se vai, volta.
Se limpa, suja.
Se nasce, morre.
E cadê a graça?!
Em quatro ações resumi a vida de todos.
Acordou, dormiu... limpou, sujou... foi, voltou... nasceu e morreu!

Oras, que mediocridade é essa que se tem na vida?
Esse vai e volta jamais interrompido.
É com isso que eu tenho que me contentar?!

Sem sequer uma pitada errada de sal?
Não veja como desrespeito, mas eu... eu não quero mais dessa dita vida.

Eu vou para não voltar, eu acordo para não dormir, se eu nasci, morrer é que não vou.
Me recuso.
Para mim vai ser foi e foi.
Foi e fim.

Não é nenhum sonho, não sou uma visionária que enxerga duendes.
Também não sou nenhuma palhaça...
Essa não é uma carta recheada de um amor requintado.
É uma carta sutilmente berrada de meu peito.
É meu grito interno exteriorado.
Um berro que cala tudo mais que se passa aqui dentro, que ecoa por minhas veias.

Caro amigo, abra bem os olhos e não só olhe, observe e encare o quanto é superficial está sendo viver assim.

Eu já me recusei.
Eu já mudei.
Não volto, não durmo e não morro.
Esse é meu ponto final.

Pandora.

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