quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Atentada... EU?!?!

Sempre faço isso... Mas ontem, olhando fotos muito antigas... Achei uma que me levou para uma época boa demais da minha vida... Quando eu tinha canelas e joelhos ralados...
Quando eu era criança pequena lá em Apucarana, não parava quieta... Diziam: mas que menina atentada!
Não era pra menos, tinha mais meninos que meninas na minha rua...
Cresci numa rua onde as crianças da minha idade adoram brincar de pipa, bola, subir em muro, carrinhos, descer a rua num Rolimã... Você faz o quê?
Pra não ficar de fora, participava de todas as brincadeiras com meus amiguinhos... Jamais fiquei em casa como a princesinha da mamãe brincando com as minhas bonecas...
Eu era assim, um moleque mesmo, cabelo curto, pulava muro, tocava a campainha e corria... e, nossa, como curti fazer isso...
Boneca? Ah, coisa chata.
Eu gostava mesmo era da interatividade da brincadeira com os meninos. Correr, pular, esconder... E, mesmo com tanta traquinagem, nunca quebrei nada. Vivia roxa, esbarrava em tudo, mas nada quebrado.
Só que com tanta energia, pra uma menina, ficar em casa enlouquecia os meus pais e até os vizinhos.
Minha mãe arrumou várias atividades de menina pra mim. Além da escola, eu tinha aulas de Piano... A algumas atividades não tão de menina assim, como atletismo, ginástica olímpica e basquete.
E agora a história começa.
Fui ao ortopedista com dor nos joelhos, no pé, nos punhos e nos cotovelos. Tendinite... Nunca quebrei nada, mas em compensação, meus tendões são fraquinhos, fraquinhos.
E, quem acha que foi pelas peripécias infantis, esqueça. Foram essas malditas atividades extracurriculares. Na época não existia a famosa LER, mas piano é danado pra dar tendinite no punho e dor nas costas.
E a ginástica?!?! Que enfraqueceu meus joelhos e me impediram de crescer mais 10 centímetros.
Ah, eu tenho uma elasticidade incrível, meus pés viram pra trás, quase que como um curupira, e graças a isto, eu tenho a patela solta...
Bom, meu médico ri da minha cara, porque o tempo vira e eu apareço lá.
Me zoa mesmo, dizendo que vou ficar velhinha com ele me recomendando fisio pra isso ou aquilo e às vezes me engessando pra ver se eu sossego...
Mas, estou mesmo escrevendo este texto, porque a fisioterapeuta me fez a seguinte pergunta:
Menina, como, você tão novinha, me aparece com tanto problema assim?
E, eu com essa cara de “tacho" respondo: novinha? eu tenho todos esses problemas desde os 12 anos!
E ela só disse: tá bem então, até quarta!
Enfim, essa é minha vida!
Saí do consultório e fui jogar basquete, porque afinal, melhor ficar com dor do que gorda e estressada, né?!?!
Mas isso já é outra história...

Pandora.

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