Ser morno é caminhar em cima do muro, é esperar o tempo passar sem passar pelo tempo.
Ser morno é segurar a cintura dela com a mão frouxa, é fazer sexo sem entregar-se até colocar fogo no colchão. Ser morno é desejar coisas medianas e saciar a vontade com coisas menores ainda.
Ser morno é despir-se pela metade, penetrar pela metade e amar pela metade.
Ser morno é estar sempre mais ou menos e não deixar nenhum estilhaço cravado no mundo.
Por mais masoquista que pareça, prefira aquilo que queima e inevitavelmente marca – essas são as coisas que, no futuro, te farão olhar pra trás e constatar que a vida valeu a pena.
Pandora
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