terça-feira, 10 de maio de 2011

Meninos e Meninas de Ouro.

Frankie Dunn, personagem do delicado e majestoso filme dirigido por Clint Eastwood “Menina de Ouro”, não sabia exatamente que seus conselhos pudessem extrapolar os limites do ginásio onde treinava incansavelmente um grupo de amadores lutadores de boxe.

Durante o filme algumas boas pitadas de dicas de gestão de pessoas foram passadas, de graça.
Uma delas, visível e audível a olhos e orelhas nuas era implacavelmente repetida durante as lutas de sua pupila Maggie, interpretada firmemente por Hilary Swank, era sobre competidores. Frankie dizia sempre antes da luta: nunca tire os olhos do oponente.
O boxe ensina muitas coisas às pessoas, em especial àqueles que não prestam muita atenção aos que estão a sua volta.
Tenho uma teoria sobre gestão de pessoas e gostaria de compartilhá-la com você. 
É sobre velocidade, força e tempo de resposta. 
Tudo isso vem do boxe, esporte que nunca pratiquei, mas que marcou minha vida por ter sido fã de Rocky Balboa quando era criança. 
Só por este motivo.
Imagine um saco daqueles pesados de boxe. 
Ele está lá, pesado, estático, pendurado na parede. 
Se você vier com toda a sua força e bater provavelmente quebrará o punho e o saco provavelmente mexerá bem pouco.
Se bater com firmeza, mas com atenção ao ritmo e no lugar certo vai ter um saco se movendo um pouco mais. 

Se mantiver o ritmo e a mesma força perceberá que o saco começa a se levantar e voltar. 
Se o ritmo for mantido a força poderá ser menor do que a do início. 
E assim por diante.
Em determinado momento você perceberá que o saco está quase batendo no teto e você está só empurrando com o dedo, mais ou menos como se fosse uma velocidade de cruzeiro.
Gestão de pessoas é exatamente igual.
Bater com força no início cria paralização. 
Ritmo, firmeza e a força moderada fazem com que o ritmo das pessoas acompanhe o seu.
Nitidamente sua velocidade e força serão sempre superiores às do seu time. 
Se o time responder mais rápido, pode ter certeza que assim como no boxe, você não está no ritmo correto.
Assim como no boxe, se em algum momento, você bater no ritmo errado, o saco ou o time param na hora. Se mantiver o ritmo o time segue o seu ritmo, sua força, dando respostas rápidas e crescem, até o teto.
Se o boxeador tirar os olhos do saco terá uma tremenda dor de cabeça, pois o saco voltará diretamente contra o seu corpo. 
Os olhos sempre na equipe, no ritmo, na energia, no clima, senão a dor de cabeça aparece. Pessoas olham para seus líderes o tempo todo, perceba. 
Porque não fazer o contrário?
Muita gente fala da geração Y, gente nova, ansiosa, capacitada, sem experiência, procurando espaço no mundo. Vamos lembrar algumas coisas: a geração Y é maior no planeta, são seres éticos, pensam em sustentabilidade, em negócios bons para todos, entendem o valor do dinheiro, gostam de marcas e produtos novos, independente se vêm dos Estados Unidos ou da Argélia. 
Se souber dar a atenção que merecem e ouvi-los notará que, assim como no filme, são meninos de ouro, com um pouco de ritmo e firmeza nas decisões, chegarão no teto. 
E que este seja bem alto.

Texto de Alberto leite

Pandora.

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